Desde o início do mês, professores e servidores da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN) paralisaram as atividades. Frente à greve,
o Governo do Estado entrou com uma ação na Justiça pedindo a ilegalidade da
paralisação. Contudo, foi negado o pedido de liminar que determinava a
ilegitimidade da manifestação.
Em contrapartida, foi estabelecido pelo Tribunal de Justiça à realização
de uma audiência de conciliação entre o Governo e os representantes dos
docentes hoje, em Natal, a partir das 10h. Além do pedido de ilegalidade da
greve, o Governo também pleiteou a suspensão do pagamento daqueles que não
estão trabalhando. A medida foi justificada pelas autoridades como uma forma de
se evitar o prolongamento da greve.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern),
Flaubert Torquato, a medida tomada pelo governo foi improcedente, uma vez que a
própria Constituição Federal prevê o direto á greve. Ele disse ainda, caso seja
aprovado o pedido do governo em decretar a suspensão dos salários e a
ilegalidade na greve, os docentes e servidores serão obrigados a mover ação
contra o Governo.
“Não se pode reter o salário dos professores sem uma determinação
legal para isso, pois caso isso fosse feito seria crime. Além disso, somente o
reitor pode realizar cortes nos salários dos professores, ferindo assim o
princípio da autonomia da instituição”, afirmou.
Do Jornal O Mossoroense -/ via Jornal a
Tromba